Maldivas
A ilha de Thulusdhoo nas Maldivas é um dos destinos mais populares para os surfistas. Localizada no Atol norte de Malé (Kaafu), é conhecida pelas praias super paradisíacas e as ondas consistentes e variadas, atraindo assim surfistas de diferentes níveis.
Esta viagem aconteceu em Agosto de 2021, diria que foi a primeira oportunidade que tivemos para sair de Portugal, após o país ter estado fechado durante semanas. Ouvimos falar desta ilha através de um casal amigo que já lá tinha estado antes e tal como muita gente só conhecíamos as “Maldivas de luxo”, mas existe as “Maldivas low cost” e igualmente bonitas. Falámos com mais uns amigos que tinham aquela vontade de “fugir” do covid e comecei a tratar de tudo e lá fomos todos contentes após a terrível pandemia.
Conteúdos do Artigo
A primeira preocupação começou com o ter de garantir um teste PCR negativo (teste covid) feito à menos de 72h e para voltar teria de ser igual. Tudo isto causou uma ansiedade e um nervoso muito grande até à hora da partida. Para além disto tivemos de preencher um formulário online que gerava um QRcode para mostrar na saída de Portugal e igualmente na volta. Compramos a viagem pela Qatar Airways e ficou cerca de 800€ ida e volta por pessoa, podemos considerar um bom preço, porque na altura como muita gente não estava a viajar, algumas companhias áreas baixaram bastante os preços. Saímos de Lisboa com uma escala em Doha (Qatar) e de seguida para Malé (aeroporto e capital das Maldivas). O porto onde se apanha o ferry ou o fast boat fica do outro lado da estrada, o aeroporto é bastante pequeno. Uma vez no porto, Thulusdhoo está apenas 30 minutos de fast boat desde o aeroporto. Há também a opção de um trajeto mais lento e económico de ferry público. O preço do fast boat são 25€ por viagem, já o ferry púbico são 3€, mas às segundas e sextas-feiras não funciona e demora cerca de 2h e com horários específicos de saída. No nosso caso que fomos de fast boat, foi tudo organizado pelo hotel onde ficamos e foi só chegar ao aeroporto e já lá estava alguém à nossa espera.
Tem ainda a opção do hidro-avião, que normalmente está incluido no pacote do resort de luxo e que vos leva para a ilha desejada, mas que concerteza sairá muito mais caro que o barco.
Ao chegar estava um “táxi” à nossa espera (organizado pelo hotel), era uma carrinha pequena de de caixa aberta e demorou cerca de 5 minutos até ao nosso hotel.
Para além das ondas perfeitas para o surf, que podem ser alcançadas a nado ou através de um barco que se paga entre 10 a 20€ conforme a distância onde queiramos ir, isto inclui ida e volta e o barco espera no local por vocês. Na ilha de Thulusdhoo a praia mais popular é a bikini beach onde se pode estar de fato de banho à vontade sem ninguém nos incomodar, porque as Maldivas é um país muçulmano e nem em todo o lado podemos estar propriamente à vontade mais despidos ou de bikini, porque pode ser considerada uma ofensa para o povo local. Também podemos fazer tours de mergulho ou snorkeling em qualquer sítio e ver tartarugas ou mantas, entre outras espécies marinhas, nas águas cristalinas e transparentes. Outra coisa que não existe na ilha é álcool, devido a serem muçulmanos e ser proibido o consumo, mas para contornar isso alguém se lembrou de vender bebidas alcoólicas num barco ancorado a poucos metros da costa (bar boat), e sim aí já podemos consumir o que nos apetecer mas preparem-se para pagar pelo menos 5€ por cada cerveja de lata, enquanto apreciam o maravilhoso pôr do sol a bordo.
Ficamos a dormir num alojamento local que nos foi recomendado pelo nosso casal amigo que lá tinha estado antes e era um espaço ainda muito recente, com 6 quartos com suites e com um espaço exterior onde tinhamos as nossas refeições e relaxamos na hora da sesta das crianças, porque a meio do dia o calor é insuportável mesmo para estar na praia. Soubemos recentemente que esse espaço infelizmente fechou, mas foi bastante barato na altura cerca de 35€ por casal um quarto privado com pequeno almoço.
Contudo há mais opções deste género nesta ilha sem ter que gastar sequer 1/3 do que se pagaria num resort de luxo nas maldivas. Os sítios mais em conta são o Batuta Maldives Fourson, o Keyla inn e o Tropical Stay Thulusdhoo, são quartos privados básicos com opção de pequeno almoço. Mas resumidamente nesta ilha tudo é perto porque a ilha é muito pequena e a pé ou de bicicleta podemos chegar rapidamente a qualquer lado, por isso independente da vossa escolha estão sempre a poucos minutos da praia.
Como tínhamos pequeno almoço e jantar incluído no nosso hotel, na hora de almoço comíamos sandes ou snacks porque também se perde o apetite naquele ambiente de calor e praia. Contudo também experimentámos a comida local e fomos a outros hotéis que ofereciam bons pratos italianos entre outras opções europeias.
Quando fomos em 2021 só havia 2 atm’s na ilha e normalmente não tinham dinheiro. Sugerimos que levantem logo no aeroporto à chegada ou se levarem euros podem fazer o câmbio para a rúpia maldívia. Na ilha aceitam o dólar ou a moeda local. Acabámos por usar o cartão wise para fazer a transferência bancária do pagamento restante no nosso hotel porque ficamos sem dinheiro.
Gostamos muita da experiência de ter ficado nesta ilha local porquê conseguimos conviver com o simpático povo local e conhecer assim o encanto das Maldivas de forma low cost.
Facto curioso: é a ilha da Coca-cola! É assim conhecida porque nela existe a fábrica da Coca-cola das Maldivas, a principal (e única) indústria que existe em Thulusdhoo.
Hoje Thulusdhoo vive do turismo, principalmente aquele ligado ao surf, já que na ilha existe uma das melhores ondas das Maldivas — chamada Cokes, devido à fábrica — e está a pouca distância de outras bastante conhecidas, como Chickens (na ilha mesmo ao lado), Ninjas, Sultans e Jailbreaks.
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